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terça-feira, 24 de novembro de 2015

A minha cidade de ontem

A postagem abaixo é uma resposta a pergunta que segue e que se encontra dentro do curso Mobilidade Urbana - Tema de Sala de Aula, que estou fazendo de forma online pela CET-SP.

Esta é uma atividade lúdica!
Para realizá-la, imagine que você é um cidadão da cidade de São Paulo, no início do século XX, e que foi transportado para São Paulo de 2010. Quais são suas impressões sobre a cidade? O que mais lhe chama a atenção? O que você menos gosta? O que você mais gosta? O trânsito é um tema preocupante? Por quê? Você acha que essa realidade é exclusiva da cidade de São Paulo ou outras cidades também vivem as mesmas transformações?


Paço Municipal Prefeito Engenheiro Roberto Arantes Lanhoso
Construído em 1927 – utilizado a partir de 1930 até o ano de 1972




Não conheci a São Paulo do início do Século XX e não conheço pessoalmente tanto a São Paulo atual, para fazer uma comparação que não esbarre num erro!

Contudo, agora com meus 47 anos, conheci minha cidade interiorana da década de 70 e a que resido hoje, e neste curto espaço de tempo muito mudou.

No bairro em que me criei foram os tempos de jogar bola na rua, de brincar de pega pelo bairro inteiro que possuía cinco longas ruas e suas travessas, de jogar taco, de ir nadar no rio ou num tanque depois da educação física escolar, de andar de patins nas Avenidas, de circular de bike pela cidade toda sem preocupação alguma...

A cidade era composta por inúmeras áreas verdes que foram sendo substituídas por conjuntos habitacionais, vias duplicadas, prédios e edifícios, e aquela sensação de viver num paraíso foi sendo substituída também pela magia de uma cidade que já não era mais tão pequena assim...

Você pode me perguntar se eu sinto saudades da cidade que conheci lá atrás, quando se podia andar em segurança até durante a madrugada, que se podia dormir com as portas encostadas, onde na vizinhança você conhecia todo mundo e na missa do domingo sempre estavam lá os compadres de seus pais e parentes, das festas a céu aberto que fechavam as vias... Sim, dá um pouco de saudade, a vida era muito tranquila, é verdade, mas como não gostar da cidade que se transformou e hoje é essa que conhecemos, cheia de vida e de pessoas diferentes, num ritmo muito mais intenso, com opções de lazer diferenciadas.

Essa é a realidade que o progresso trás com ela e não adianta lutar contra, temos é que fazer a nossa para que a qualidade de vida existente se mantenha e aumente, é claro, mas retornar ao passado é impossível, pois aquela cidadezinha do interior que eu conheci já não existe mais, cresceu, se desenvolveu, como um filho que achamos que vai permanecer para sempre aquela criança risonha e peralta, mas que jamais deixaremos de amar.


Abraços para todos!