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domingo, 22 de janeiro de 2012

Estatística de morte!







Maior calor do mundo a minha sala. Acho que é a mais quente do meu departamento. Mesmo com ventilador soprando de tudo quanto é lado, em todos os ângulos possíveis, o ambiente é insuportável.
E a pilha de processos pra ajudar só crescia.
Ah meu Deus, tô ferrado!
Quando ingressei na área de estatísticas não imaginava que seria assim: ir atrás dos dados em suas diversas fontes, fazer pesquisas de rua, otimizar meus programas de gerenciamento de informações, entrar com os dados no sistema, gerar estatísticas diárias, semanais, mensais, por todos os tipos de cruzamentos de informações imagináveis e por mais alguns que alguém sonhava de noite.
E para completar o circo toda a minha equipe se resumia a somente eu.
Ah meu Deus, tô ferrado!
E aquela pilha de processos que citei era toda baseada em estatísticas para continuar seu andamento. Imaginem a pressão vinda sobre minha cabeça.
Quer saber, vou descansar um pouco... - Falei alto para todos ouvirem.
Como ninguém se manifestou, fui dar uma volta sem avisar pessoalmente ninguém.
Aqui estou eu, andando embaixo de um calor de 40º, camisa e calça social pretas. Eu não tinha acreditado que a cor preta atraia o calor até aquele momento, achei que era lenda urbana. Mas também haviam dito que preto emagrece, então para ajudar a esconder meus 100 quilos eu usava qualquer recurso. Será que era lenda urbana também?
Queria ir até a bomboniere do posto, mas não consegui. Na metade do caminho enfartei.
Foi fulminante! Quando chegaram eu já estava desembarcando no Céu.
Até que enfim um descanso, eles agora iriam valorizar meu trabalho, queria ver quem iria dar conta dos números que eu mexia.
Passei pelo portão do Céu e fui recepcionado por um anjo tremendamente ocupado, que nem levantou os olhos para mim detrás do balcão. Foi só falando:
-- Estou vendo na sua ficha aqui que foram 12 anos trabalhando na área de estatísticas. Tudo bem, pode passar.
Adivinhem só! Fui parar atrás de uma mesa feita de nuvem com um monte de processos em cima. Ia cuidar de todo o levantamento estatístico do Céu.
E o pior, sem o risco de ser salvo novamente por outro infarto.
Ah meu Deus, tô ferrado!


8 comentários:

  1. Isso é o que se chama de aproveitamento de mão de obra especializada! Um bom domingo, Joel! Abraços.

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  2. Mas ficar "nas nuvens" não é positivo, digo com sentido de ser "leve"?. Estatística tem que ser feita todos os dias? É verdade, morre gente (mais de cinco mil, por hora). Vai continuar trabalhando sozinho ou folgas semanais... domingo tem programa na televisão celeste? Sabe, você tem razão. Está ferrado! Foi anjo ou o próprio que lhe ferrou? Poucas orações, no mínimo... parabéns, poeta! Abraços!

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  3. KKKK....Ninguém merece!Um conto muito divertido,apesar do sofrimento do personagem!...rsss...bjs,

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  4. Puxa, se o céu é assim estou com medo lol

    Adorei!

    beijinhos meu amigo

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  5. Conto cheio de humor. O que mais me deixou satisfeito é que o verdadeiro céu não é assim.
    Abração.

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  6. Meu amigo, antes de dormir ler algo assim, leve e muito bem humorado é uma dádiva, obrigada amei, beijos Luconi

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  7. Hahahahahhahahahahahhahaha tá ferrado mesmo Joe!

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  8. kkkkk que dureza hein, mas nem no céu não é mais fresquinho rsrsrsr e o preto não é lenda, é quente p burro mesmo!

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