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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Terminal




Aqui, observando as inúmeras pessoas que vem e vão
Imagino que tipo de emoção está a fluir em suas mentes
Se seguem contentes ou são alvos de alguma desilusão
Se escutam o coração ou a razão os torna mais coerentes
Eu, por minha vez, estou dividido entre esses dois temas
Tentando dar vazão apenas ao que faz bem a minha vida
Tentando curar uma ferida, pedindo proteção a Mecenas
Filosofando sobre dilemas, arquitetando uma despedida

Queria ser eu igual a esses seres que seguem ao meio-dia
Sem que qualquer agonia motivasse-os a procurar ajuda
Nessa incerteza muda me sinto igual a uma mercadoria
Que sofreu uma avaria e busco um remendo que a acuda

Na luz da emoção eu procurei encontrar qualquer resposta
Para firmar uma aposta de que venceria esse meu estado
Porém tenho encontrado um caminho árduo nessa encosta
Formulo então outra proposta que não inspire um pecado

Na fé eu tropecei e testo agora outra forma de inteligência
Quem sabe a antiga ciência consiga me dar uma esperança
Talvez o fruto dessa aliança iniba essa minha decadência
Ou será mais uma experiência armazenada na lembrança

Não invejo essas pessoas que seguem com ou sem rumo
É que combato tal um bravo huno numa guerra sem igual
E o resultado vai ser vital, formará um abismo ou o sumo
Pois agora sou mero consumo deste meu câncer terminal

4 comentários:

  1. Fantástico caminho o da escrita!
    Grarta pela partilha de tão bela reflexão!

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  2. Lindo hein Joe!
    Você as vezes se supera meu amigo, e escreve coisas que falam diretamente pra gente... Parabens!

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  3. Lindo poema. Adorei. Você sabe abrir o coração e compartilhar coisas belas conosco. Obrigado.

    Robert Thomaz

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  4. Belíssimo poema. É rico de beleza poética. Obrigado por nos brindar com uma de suas obras de valor.

    Robert Thomaz

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