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sábado, 10 de novembro de 2012

A princesa e o guerreiro

Desenho de uma aluna, participante do livro Antologia
Encontros Infanto-Juvenil XII da AEPTI.



Há muitos anos atrás
Existiu um reino
Que não era grande
Lembrava um condado

Nesse local sem igual
O povo vivia em paz
Até que num triste dia
Encontraram um rapaz


Ele estava sem roupas
Todo desorientado
Nas palavras da sua boca
Dizia ter sido roubado

* Foi o povo do outro lado
* Uma gente nada gentil
* Me deixaram pelado
* Numa atitude infantil

Seu dizer gerou revolta
Quem poderia agir assim
Chamaram um bravo guerreiro
Que tinha fama de ruim

O guerreiro era gigante
Quando andava o chão tremia
Veio montando num corcel
Que com seu peso gemia

Ele atravessou a ponte
Que servia de fronteira
Ia lustrando a armadura
Sem tempo para brincadeira

Viajou a noite inteira
Nem parou para comer
Parou bem sob uma torre
Quando o sol vinha a nascer

* Alguém me escuta ai de cima?
* Venho de longe irmão
* Quero voltar ainda hoje
* Mandem o seu campeão

A ponte levadiça guinchou
Ao baixar sobre a ribanceira
O guerreiro nem se mexeu
O medo ele não conhecera

Lá de dentro outro forte alazão
Veio rápido correndo para o prado
Conduzia um oponente magrinho
Que parecia estar desarmado

Saltou agilmente para o chão
E fez um gesto da realeza
Tirou da cabeça o elmo
Do castelo estava ali a princesa

* O que lhe trás tão longe de casa
* Diga agora nobre cavalheiro
* Não quer entrar e descansar
* Junto ao meu povo hospitaleiro

O guerreiro pulou do corcel
Abriu um buraco na grama
Sem perder um segundo a toa
Dirigiu-se até a dama

* Vim vingar um ato impensado
* Que surgiu do seu castelo
* Onde está o seu general
* Vim chamá-lo para um duelo

* Deve haver um engano
* Meu nobre companheiro
* Ninguém que reside aqui
* É tomado por embusteiro

* Sou homem de ação
* Não vim para discutir
* Chame meu adversário
* Que para casa quero partir

A princesa voltou ao cavalo
Na sua armadura brilhante
E sem olhar para trás
Deixou o guerreiro gigante

Algum tempo depois
Sob o som da trombeta
Retornou a bela princesa
Num vestido violeta

O guerreiro tomou posição
Ergueu a espada para o céu
A princesa seguiu calmamente
Sem trazer consigo um réu

* Vai ter que lutar comigo
* Já que insiste na acusação
* E eu usarei a minha arma
* Para lhe ensinar uma lição

O gigante riu lá de cima
Muito maior ele era
Permaneceu feito estátua
Rugindo baixo tal uma fera

Ela parou a poucos metros
Mantendo-se silenciosa
Levantou um braço a frente
De onde se via uma rosa

A cena foi muito estranha
Quem visse admitiria
Uma espada contra uma flor
Que chance ela teria?

Sem o guerreiro perceber
A dama se pôs em ação
Girando a rosa no ar
Fez surgir um furacão

Num vendaval de pétalas
O gigante foi levantado
Em vão golpeou o ar
Pois já estava atordoado

Sua espada saiu voando
Num dos giros que ele deu
Foi cravar-se numa rocha
E lá por anos permaneceu

Quando ele parou de girar
No seu cavalo estava montado
E bem na divisa dos reinos
Por magia ele foi levado

E uma brisa em seu ouvido
Sussurrou numa doce voz
* Somos um povo de paz
* Não venha lutar contra nós

Humilhado e desarmado
O guerreiro voltou para o lar
E com um exército voltaria
Só pensava em se vingar

O povo veio correndo
Quando ele no condado pisou
Haviam cometido um erro
O ladrão a vítima encontrou

Isso acalmou o guerreiro
Que explicou o ocorrido
* Não houve luta de espadas
* Ninguém ficou ferido

* Somente uma princesa
* Armada com simples flor
* Que numa rápida peleja
* Me venceu através do amor

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Poesia escrita especialmente para o lançamento do vídeo comemorativo do evento Antologia Encontros Infanto-Juvenil XII da AEPTI. Clique AQUI para ver o resultado.

Abraços renovados.