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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

E resumindo é o que?



Eu juro que não sabia disso até esses dias atrás, juro mesmo.
Estava falando para um grupo de pessoas, colegas meus de trabalho e um engraçadinho – assim pensei – me deu um corte no meio da história e mandou a seguinte frase:
-- E resumindo é o que?
Fiquei sem entender nada a princípio, boiando mesmo, mas quando todos se puseram a rir e a minha narração foi por água a baixo, já que a roda se desfez, é que percebi que indiretamente meu colega havia me dado um toque: eu falava muito!
Disfarcei como pude o meu sorriso amarelo e voltei ao trabalho. Procuraria ser mais cauteloso da próxima vez.
Mas vejam só que alguns dias depois lá estava eu contando meus causos quando a frase foi lançada novamente no ar, agora por outra pessoa. Dessa vez contra-ataquei:
-- Pô gente, que falta de paciência!
Não foi possível evitar mais uma sessão comédia às minhas custas.
Mais isso não ia ficar assim, ia bolar um jeitinho de dar a volta por cima. Fiz umas pesquisas e descobri que eu sofria de um mal conhecido como “tagalerice aguda”, mas que outras pessoas famosas também tinham esse costume, tanto na hora de falar assim como escrever. Dei uma treinada no meu próximo “discurso” e numa sexta-feira a tarde, quando todos do escritório já estavam torcendo para as 5 horas chegar, chamei alguns de lado e quando vi estava cercado por todos, que provavelmente esperavam que eu me alongasse numa história qualquer. Mas desta vez eu estava preparado!
-- Amigos, sei que nas últimas duas semanas vocês zombaram de mim devido um defeito meu que é falar um pouco demais...
“Um pouco?” – Disse alguém entre risadas contidas. Ignorei.
-- Acontece amigos que todo bom palestrante que se preze acaba meio que “falando pelos cotovelos” e até os grandes escritores também.
Percebi que havia lhes chamado à atenção.
-- Vocês já ouviram falar do mestre do horror e suspense Stephen King?
Muito acenaram que sim.
-- Pois é! Eu se fosse escrever que um cara caiu e quebrou uma perna, preencheria umas duas folhas, já nosso amigo The King levaria pelo menos umas trinta...
O ar de surpresa estava solto no ar. Adorei.
-- Trinta folhas para explicar o motivo e mais umas vinte para as consequências. Na verdade o que vocês acham que é uma coisa sem graça é de fato um dom. Deviam passar a me respeitar mais!
Senti-me imponente olhando para todos lá de cima. Até que um deles pediu a palavra.
-- Olha, mas resumindo tudo isso é o que?
Começou como quando o calor da pipoqueira é o suficiente para estourar algumas pipocas, mas não todas. Foi um risinho aqui, outro acolá, quando vi eram só gargalhadas.
Meu mundo ruiu...


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Sim, sim, essa história é baseada num personagem real: EU! :)


Grato ao amigo Élcio pela idéia.


Abraços renovados.

5 comentários:

  1. Na próxima oportunidade você inicia uma história, talvez um suspense ou qualquer coisa relacionada com o trabalho, possíveis mudanças no cenário, coisas assim. Quando estiverem todos interessados, você solta a pérola:- Este foi apenas o resumo, o assunto completo eu conto na semana que vem! Meu abraço.

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  2. Olá,
    Tenha um ótimo fim de semana com a família!!!
    Abraços fraternos de paz

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  3. Perdoa amigo acabei rindo também, mas é porque eu sou igualzinha a você, de um assunto pulo para outro e vou indo, me perco todinha e resumindo rsrsrs...... um belo final de semana, beijos Luconi

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  4. hahahahahha, eu queria ter essa tagarelice na hora de escrever também!

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  5. kkkk...JOE,tem gente que não sabe mesmo escutar!Vc até que foi paciente com eles!Bjs e boa semana!

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