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Quando eu era bem jovem, cerca de
30 anos atrás, imaginava um mundo onde ser feliz significava somente que todos
os seres fossem vistos como iguais, fossem eles brancos, amarelos ou negros;
fossem eles pobres, remediados ou ricos.
Cresci por dentro e por fora
entremeio preconceitos de todos os tipos, alguns até no seio familiar, sempre
acreditando que a mudança num dia qualquer me surpreenderia, mas apesar de
todas as lutas que vi sendo travadas; apesar de todas as bandeiras que foram
levantadas; apesar de todas as lágrimas que foram derramadas; apesar de tudo
isso ainda enxergo o meu mundo - o nosso mundo, como desigual, injusto e
extremamente preconceituoso.
Esse mesmo preconceito que gerou
(e gera) guerras é totalmente desprezível e a meu ver deveria ser varrido da
face da Terra. Mas para que isso ocorra se faz necessário que algo seja posto
no seu lugar. Isso mesmo!
Se ainda não ocorreu com vocês,
ainda está por vir. Quando deixamos de lado algum tipo de costume
extremado, denominado vício, seja ele cigarro, bebida, doces ou mesmo um
passatempo no qual perdemos horas a fio, qual é a nossa primeira atitude:
colocar algo em seu lugar. Para alguns são balas, para outros são leituras e
meditações, para outros ainda terapia.
No caso do preconceito, o caso é
o mesmo: para eliminá-lo de nosso meio devemos trocá-lo por outro tipo de
sentimento, pois isso ele é, afinal, muitos o sentem. Pelas minhas experiências
de vida somadas ao meu estudo diário do comportamento humano, só existe um item
que trocamos com o preconceito e ele simplesmente desaparece: Amor!
Mais agora acabei de trazer um
novo problema à tona, questão essa que deverá ser debatida até nas Nações
Unidas: onde é que arranjaremos tal quantidade de amor que possa ser comparada,
ou melhor, superar a dantesca massa de preconceito existente no meu mundo, o
nosso mundo?
Debati muito antes de formalizar
uma resposta e eis que ela me pareceu até ser muito simples, pois se o
preconceito é um sentimento gerado pelo ser, assim como o amor também é gerado
por esse mesmo ser, basta então que ele produza mais amor do que preconceito.
Apesar de se tratar de uma
matemática aparentemente fácil de ser executada na teoria, muitos tentaram até
hoje reescrever a história do planeta, utilizando-se por base esse paradigma
por mim citado, mas até o presente momento falharam. De fato, não foram eles
que falharam em transmitir, assim entendo, mas os homens falharam mais em
assimilar a mensagem, pois acabaram por produzir um tipo de amor incompatível
com a real necessidade do meu mundo, do nosso mundo.
Apesar de constatar que o que
move o Universo é um tipo de amor, infelizmente descobri também, a meu ver, que
é do tipo errado. Existe uma gama imensa de amor próprio, o que é muito
importante para o ego, mas o amor para com o próximo é ainda mais, pois ele
automaticamente eliminaria todos os tipos de preconceitos, colocando as pessoas
todas no mesmo patamar, com um selo de “pessoas amadas” pelo que são e não pelo
que aparentam.
Concluo então que só poderemos
gerar a verdadeira mudança quando nos despirmos de todos os preconceitos que
nos prendem desde crianças, muitas vezes sendo colocados em nossas mentes por
nossos pais, sem que nem seja essa a intenção, pois criados foram dessa forma.
Dizem-nos desde pequenos que “a primeira impressão é a que fica”. Por que não
rasgar esse velho ditado e colocar em seu lugar outra visão, mais fácil até de
se executada? Por que ao nos depararmos pela primeira vez com uma pessoa
desconhecida, que de alguma forma irá fazer parte de nossa vida, deixemos de
criar um rótulo para melhor enquadrá-la?
Agindo assim não seremos mais
meras máquinas programadas para executar comandos complicados. Com a mente
livre de preconceitos e uma das mãos estendida na direção desse novo ser, pode
ser que a produção do amor necessário aconteça ao som de um “muito prazer”.
Concordo em tudo!
ResponderExcluirJá que você está disposto a mexer nas estruturas do amor para melhor o relacionamento humano, o que eu aplaudo de pé, deixo aqui uma sugestão: acabar com esse negócio de misturar o conceito de amor com o conceito de sexo. quando eu era criança, nunca ouvi essa expressão, fazer amor. Eu conhecia o verbo amar. Sexo seguia outros verbos e valia para os seres humanos e para os animais. Agora misturam tudo que não se sabe mais o que o amor. Meu abraço.
ResponderExcluirPerfeita colocação meu sábio e sensível amigo. Abraços.
ExcluirBom dia meu caro Joel G Costa. Também concordo plenamente contigo. Que primorosa lição em seu belo texto. Temos mesmo que fazer uma lavagem em nosso interior, tirar as cacarias e renovar nossos conceitos com a mente e coração mais abertos.
ResponderExcluirUm grande abraço
Lucas Durand.
Olá amigo Jorginho!
ResponderExcluirRapaz, as engrenagens que criam o preconceito no mundo se chama diferença social! A riqueza torna o rico um ser que se acha superior, e torna o pobre, um ser que se acha inferior!
Aí, todo o resto do espiral se forma, tanto racial, quanto educacional, quanto moral.
Um abraço meu amigo! E lutemos; pela igualdade social!
As pessoas tal como os frutos não se avaliam pela sua beleza exterior,
ResponderExcluirMas sim pelo seu conteúdo.
Jamais um livro se avalia pela capa!
Diogo_Mar
http://diogo-mar.blogspot.com/
E:
http://diogo7mar.blogspot.pt/
Talvez uma limpeza no mundo onde conceito e valor mudou....
ResponderExcluirAbraço Lisette.