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sábado, 26 de outubro de 2013

O Nosso Mundo

Clique na imagem para ver de onde ela veio!



Quando eu era bem jovem, cerca de 30 anos atrás, imaginava um mundo onde ser feliz significava somente que todos os seres fossem vistos como iguais, fossem eles brancos, amarelos ou negros; fossem eles pobres, remediados ou ricos.
Cresci por dentro e por fora entremeio preconceitos de todos os tipos, alguns até no seio familiar, sempre acreditando que a mudança num dia qualquer me surpreenderia, mas apesar de todas as lutas que vi sendo travadas; apesar de todas as bandeiras que foram levantadas; apesar de todas as lágrimas que foram derramadas; apesar de tudo isso ainda enxergo o meu mundo - o nosso mundo, como desigual, injusto e extremamente preconceituoso.
Esse mesmo preconceito que gerou (e gera) guerras é totalmente desprezível e a meu ver deveria ser varrido da face da Terra. Mas para que isso ocorra se faz necessário que algo seja posto no seu lugar. Isso mesmo!
Se ainda não ocorreu com vocês, ainda está por vir. Quando deixamos de lado algum tipo de costume extremado, denominado vício, seja ele cigarro, bebida, doces ou mesmo um passatempo no qual perdemos horas a fio, qual é a nossa primeira atitude: colocar algo em seu lugar. Para alguns são balas, para outros são leituras e meditações, para outros ainda terapia.
No caso do preconceito, o caso é o mesmo: para eliminá-lo de nosso meio devemos trocá-lo por outro tipo de sentimento, pois isso ele é, afinal, muitos o sentem. Pelas minhas experiências de vida somadas ao meu estudo diário do comportamento humano, só existe um item que trocamos com o preconceito e ele simplesmente desaparece: Amor!
Mais agora acabei de trazer um novo problema à tona, questão essa que deverá ser debatida até nas Nações Unidas: onde é que arranjaremos tal quantidade de amor que possa ser comparada, ou melhor, superar a dantesca massa de preconceito existente no meu mundo, o nosso mundo?
Debati muito antes de formalizar uma resposta e eis que ela me pareceu até ser muito simples, pois se o preconceito é um sentimento gerado pelo ser, assim como o amor também é gerado por esse mesmo ser, basta então que ele produza mais amor do que preconceito.
Apesar de se tratar de uma matemática aparentemente fácil de ser executada na teoria, muitos tentaram até hoje reescrever a história do planeta, utilizando-se por base esse paradigma por mim citado, mas até o presente momento falharam. De fato, não foram eles que falharam em transmitir, assim entendo, mas os homens falharam mais em assimilar a mensagem, pois acabaram por produzir um tipo de amor incompatível com a real necessidade do meu mundo, do nosso mundo.
Apesar de constatar que o que move o Universo é um tipo de amor, infelizmente descobri também, a meu ver, que é do tipo errado. Existe uma gama imensa de amor próprio, o que é muito importante para o ego, mas o amor para com o próximo é ainda mais, pois ele automaticamente eliminaria todos os tipos de preconceitos, colocando as pessoas todas no mesmo patamar, com um selo de “pessoas amadas” pelo que são e não pelo que aparentam.
Concluo então que só poderemos gerar a verdadeira mudança quando nos despirmos de todos os preconceitos que nos prendem desde crianças, muitas vezes sendo colocados em nossas mentes por nossos pais, sem que nem seja essa a intenção, pois criados foram dessa forma. Dizem-nos desde pequenos que “a primeira impressão é a que fica”. Por que não rasgar esse velho ditado e colocar em seu lugar outra visão, mais fácil até de se executada? Por que ao nos depararmos pela primeira vez com uma pessoa desconhecida, que de alguma forma irá fazer parte de nossa vida, deixemos de criar um rótulo para melhor enquadrá-la?

Agindo assim não seremos mais meras máquinas programadas para executar comandos complicados. Com a mente livre de preconceitos e uma das mãos estendida na direção desse novo ser, pode ser que a produção do amor necessário aconteça ao som de um “muito prazer”.

7 comentários:

  1. Já que você está disposto a mexer nas estruturas do amor para melhor o relacionamento humano, o que eu aplaudo de pé, deixo aqui uma sugestão: acabar com esse negócio de misturar o conceito de amor com o conceito de sexo. quando eu era criança, nunca ouvi essa expressão, fazer amor. Eu conhecia o verbo amar. Sexo seguia outros verbos e valia para os seres humanos e para os animais. Agora misturam tudo que não se sabe mais o que o amor. Meu abraço.

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    1. Perfeita colocação meu sábio e sensível amigo. Abraços.

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  2. Bom dia meu caro Joel G Costa. Também concordo plenamente contigo. Que primorosa lição em seu belo texto. Temos mesmo que fazer uma lavagem em nosso interior, tirar as cacarias e renovar nossos conceitos com a mente e coração mais abertos.
    Um grande abraço
    Lucas Durand.

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  3. Olá amigo Jorginho!
    Rapaz, as engrenagens que criam o preconceito no mundo se chama diferença social! A riqueza torna o rico um ser que se acha superior, e torna o pobre, um ser que se acha inferior!
    Aí, todo o resto do espiral se forma, tanto racial, quanto educacional, quanto moral.

    Um abraço meu amigo! E lutemos; pela igualdade social!

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  4. As pessoas tal como os frutos não se avaliam pela sua beleza exterior,
    Mas sim pelo seu conteúdo.
    Jamais um livro se avalia pela capa!

    Diogo_Mar

    http://diogo-mar.blogspot.com/

    E:

    http://diogo7mar.blogspot.pt/

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  5. Talvez uma limpeza no mundo onde conceito e valor mudou....
    Abraço Lisette.

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