Provocado pela leitura do “chamamento” da amiga Anne Lieri no texto Chega de Silêncio,
tendo em foco as recentes manifestações, exponho abaixo um pouco do meu
pensamento sobre o tema.
Tirem suas próprias conclusões.
JGCosta
Clique na imagem para ver de onde ela veio!
Sempre que ocorrem manifestações em todo o mundo, a primeira
coisa que me vem à mente é: o que alguma vertente política está desejando, para
provocar mudanças?
Por aqui, na terra do quase extinto pau-brasil, minha visão
não é diferente, pois, até eu onde eu sei, todas as mudanças que ocorreram em
nosso país derivam de manifestações de cunho político, por mais camufladas que
tenham sido, o estopim muitas vezes foi aceso por um ser partidário, seguindo
assim uma ideologia distinta.
Como também eu tenho plena consciência de que a política não
é nenhum bicho de sete cabeças e é exercitada dentro de nossos lares desde a
mais tenra infância, através das mais simples ou acirradas discussões
familiares. Desta forma não existe porque, a meu ver, separar uma coisa da
outra. Levo em consideração também que, quando algumas mentes se juntam para
traçar qualquer tipo de plano ou estratégia visando mudanças, acabam aí de
fundar um partido, mesmo que inexistente como entidade ainda, mas já gerando
ideias.
Transpondo então essa nossa primeira barreira, vamos à manifestação
propriamente dita. Como ela pode dar resultado?
É simples: tem que ser bem organizada; com seus objetivos
pautados na ética; com suas lideranças bem definidas; com a equipe de apoio
falando a mesma língua; com conhecimento de causa; e principalmente tendo em
mente o que verdadeiramente se busca conseguir com todo o movimento.
Explico: Sem organização, teremos quebra-quebra e confronto,
que podem ser causados por pessoas que vieram somente para tumultuar; sem
objetivos éticos e morais estaremos retrocedendo no tempo; sem lideranças o
barco naufraga na primeira esquina; sem a equipe de apoio seguindo a mesma
diretriz, conseguiremos somente confusão; sem conhecer profundamente o assunto
dentro do que prevê as Leis, não adianta querer discuti-lo, pois não se chegará
a lugar nenhum; e sem um plano B então não conseguiremos nada, ou seja,
manifestação é a mesma coisa que negociação, e nesse tipo de entendimento, cada
um cede um pouco e todos ganham.
Onde está o resultado?
Ele é negativo ou positivo!
Fazer uma manifestação não significa que se chegará num
entendimento, ainda mais se não houver uma moeda de troca. No caso de uma
manifestação de professores da rede estadual, por exemplo, sua moeda de troca é
a greve, dentro de toda a legalidade prevista. Enquanto não surtir efeito a
negociação, nada de aulas, assim costuma ser. Já no caso de uma manifestação
pacífica com diversos seguimentos da população, sendo eles estudantes,
trabalhadores de diversas categorias, etc., qual é a moeda de troca?
O voto?
Quem disser sim, concordou com meus dizeres do segundo
parágrafo.
Quem disser não, me aponte outra motivação então que vai
fazer com que os vereadores, ou prefeitos, ou governadores, ou deputados das
duas esferas, ou senadores, ou finalmente o presidente, nos ouçam da forma que
queremos ser ouvidos, como brasileiros que têm o direito de protestar e de
exigir aos seus representantes que, por sua vez, proponham mudanças através de
Leis, Decretos, etc., neste ou naquele assunto que também, por sua vez, aflige toda
uma sociedade comum.
Não são eles que representam os seus interesses? Não?
Troque-os! Como? Através do voto!
O voto consciente é a única moeda de troca que sempre
devemos ter de sobra em nossas negociações.
Concluindo: Se estudar a fundo a sua manifestação e ela for
digna de ser ouvida, pois trará mudanças que beneficiarão a todos, este é um dos
momentos de juntar força aos seus iguais e fazer valer o direito à democracia.
O momento de calar ficou no passado, quando as informações
importantes eram seladas dentro de poucas mentes, hoje toda a voz pode ser
ouvida, mas uma de cada vez, para que não se assemelhe a uma mera discussão.
Abraços renovados!
Momento de mudanças, abraço Lisette,
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