Escolha uma opção:

domingo, 6 de outubro de 2019

Aprendendo a confiar plenamente



Quando somos muito jovens, crianças ainda, confiamos facilmente nas pessoas a nossa volta, mesmo que elas não sejam pessoas tão boas assim.

Conforme vamos crescendo, começamos a criar uma desconfiança, baseada em nossas próprias experiências. E elas variam muitos, desde decepções do primeiro amor até decepções com a fé que a gente depositava em nossos amigos e familiares, chegando, muitas vezes, até a religião.


Com o tempo, com a plena formação de nosso caráter, chegamos ao ápice de nossa formação e apesar da evolução nunca parar, seguindo até o fim da nossa vida, já temos nossos parâmetros de desconfiança definidos e dificilmente alguém nos convence do contrário, afinal, isso compete a nós mesmos.

Neste ponto de nossa vida, se as nossas decepções foram amorosas, teremos dificuldade em iniciar um relacionamento duradouro; se as nossas decepções foram religiosas, pode ser que nos afastemos de Deus; se as nossas decepções forem com a confiança depositada em políticos que poderiam fazer mais pelo país, praticamente todos os políticos serão vistos primeiramente como corruptos; e se a nossa decepção foi relacionada a alguma amizade, independente se for da família ou não, vamos muitas vezes preferir ficar sozinhos do que, em nossas mentes, mal acompanhados.

Algo que ninguém nos ensina, desde que somos mais jovens, é a aprender a confiar nas pessoas certas. É mais fácil incutirem em nós a ideia de que nada neste mundo é confiável do que nos ensinarem a confiar.

Nesse aprendizado da confiança, é óbvio que poderão ocorrer decepções de todos os tipos e que nos farão sofrer de alguma forma, mas que nos trarão a importante experiência de aprender a confiar plenamente, afinal, não dá para confiar pela metade, ou, como dizem, confiar com um pé atrás.

A confiança que depositamos em alguém deve ser total, pois se for parcial, como ocorre muito nos dias atuais, podemos não decepcionar a nós mesmos, mas corremos o mesmo risco de decepcionar alguém que seria importante em nossa vida.

Existe um ditado que diz que a pessoa inteligente aprende com os erros e a pessoa sábia aprende com os erros dos outros. Esse ditado é falso no caso da confiança, pois para evoluirmos e aprendermos a confiar, devemos passar por aquelas situações onde sairemos mais experientes caso ocorra uma decepção ou, quem sabe, mais felizes do que nunca, por termos confiado na pessoa certa.

E é inevitável que essa ação de confiar parta de nós mesmos, pois como eu disse, ninguém pode aprender por nós, mas pode até nos ensinar, caso estejamos abertos para isso.

E tenha em mente: se vier a sofrer, ao menos ganhará uma certeza dentro do seu coração, o que é muito melhor do que viver com uma incerteza pelo resto de sua bela existência.

Esse exercício da confiança pode e deve ser aplicado a todas as situações, sempre tendo por base a ética, os bons costumes e até uma investigação preliminar.

A ética nos ensina que não devemos formar uma opinião baseada em boatos sobre alguém, alguma instituição ou até sobre nossa própria fé.

Os bons costumes do mundo onde se vive ensinarão o que é compreendido como certo e errado, para não confiarmos na direção de coisas ilícitas ou que prejudicarão alguém.

E, finalmente, uma investigação preliminar é importante, sobre o tema ou pessoa que for, para sabermos o que o mundo diz sobre essa pessoa, instituição ou religião. 

Enfim, dizem que não podemos confiar cegamente em nada, nos ensinaram isso desde pequenos, de uma forma ou outra, mas se não confiarmos plenamente, como saberemos se o caminho é certo ou não? 

Com isso entendo que confiar é a base de tudo. Onde não existe confiança, dificilmente se encontrará a felicidade.

Abraços renovados para todos!