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sábado, 10 de outubro de 2015

Oficina Literária “Construindo o romance histórico: da pesquisa à escrita” com Luize Valente e mais algumas vírgulas...




Quem não conhece a jornalista e escritora Luize Valente?

Bom, pessoalmente eu também não até dias atrás, quando a conheci na biblioteca de Itatiba, através do evento Viagem Literária (clique AQUI), onde ela e o escritor Raphael Dracon nos honraram cada qual com a sua palestra, versando sobre o mundo maravilhoso da escrita.
Na ocasião eu compareci representando principalmente a AEPTI - Associação dos Escritores, Pintores, Poetas e Trovadores de Itatiba (clique AQUI), entidade sem fins lucrativos da qual sou atualmente 1º Tesourreiro (sim, o homem do dinheiro) e logo pela manhã eu, a presidente da AEPTI Elizabeth Touças, a 2ª Tesoureira Maria Inês Simões Barbosa e a Luize ferramos num bate-papo animado após a palestra do Dracon e percebi na hora que minhas amigas da Associação ficaram encantadas com ela e até cogitaram a ideia de trazê-la para um evento literário em nossa sede.


Da esquerda para a direita: minhas amigas Bete, Maria Inês e a Luize...
... e sim, tinha que ter eu para retirar a beleza da foto! :)

E o que era simplesmente uma simples cogitação acabou se tornado fato! No dia 17 de outubro de 2015 ela estará novamente em Itatiba na sede da AEPTI, agora no proporcionando uma Oficina Literária com o tema "Construindo o romance histórico: da pesquisa à escrita". Eu, que já sou um fã incondicional da história, obviamente que participarei do evento, marcado para começar às 15h. Infelizmente terei que sair às 17h rumo a Indaiatuba para outro evento, agora do Mapa Cultural Paulista, mas isso é outra história...

Sobre a Oficina Literária, você pode ver todos os detalhes no blog da AEPTI clicando AQUI, mas em todo o caso pesquei alguns detalhes por lá e reproduzo abaixo:


A oficina pretende mostrar, de maneira geral, as etapas de pesquisa, criação da trama e dos personagens no romance histórico tendo como exemplo prático os livros da autora: Uma praça em Antuérpia e O segredo do oratório. Será abordada a interação entre história e História, passando pelos “bastidores” da pesquisa (método e fontes / seleção da informação), desenvolvimento da trama, personagens, diálogos e interação com a realidade histórica, estrutura narrativa e verossimilhança interna. 
E agora deem uma olhada num resumo biográfico da minha amiga Luize:
Carioca, escritora, documentarista e jornalista, pós-graduada em Literatura Brasileira pela PUC/RJ, com mais de 20 anos de experiência em edição de conteúdo e roteiro para televisão (TVs Globo, Bandeirantes, GNT e GloboNews). É autora, com Elaine Eiger, do livro Israel Rotas e Raízes (2000) e dos documentários Caminhos da Memória – A Trajetória dos Judeus em Portugal (2002)  e  A Estrela Oculta do Sertão (2005), prêmio de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema Judaico de SP. Estreou na literatura com o romance histórico O Segredo do Oratório (ed. Record/2012), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, categoria autor estreante, em 2013. Seu novo romance histórico, Uma praça em Antuérpia (ed. Record/2015), foi lançado em abril no Brasil e em setembro  em Portugal.
E lógico, não pode faltar alguns detalhes sobre seus últimos livros...




Sinopse: “Uma praça em Antuérpia” narra a saga de duas irmãs gêmeas portuguesas – uma delas casada com um judeu – da Segunda Guerra aos dias de hoje. A família judia consegue ajuda do cônsul português em Bordeaux, Aristides Sousa Mendes, personagem histórico que salvou milhares de vidas do nazismo. No entanto, um encontro inesperado durante a fuga de Antuérpia, onde viviam, para Portugal, muda a vida das irmãs para sempre. Um segredo que só será revelado sessenta anos depois.




Sinopse: “O segredo do oratório” mistura aventura, mistério e uma saga familiar que atravessa três séculos. O romance traz à tona as raízes judaicas do povo brasileiro através da busca da jovem médica Ioná, que quer descobrir a origem de sua família. Uma jornada  que começa no Sertão nordestino, passa por São Paulo e chega a Nova York, onde a primeira comunidade judaica foi fundada por judeus vindos do Brasil. A trajetória é marcada por revelações e encontros que vão mudar a vida de Ioná a partir do momento em que ela descobre um segredo guardado há mais de dez gerações.

Aqui em nossa biblioteca municipal eu sei que está saindo muito o seu último trabalho, com lista de espera, mas O Segredo do Oratório, na opinião de alguns amigos, é também surpreendente demais...

Bom, os amigos que me conhecem sabem que se tem uma coisa que eu gosto é de gente! E se esse ser for especial então, puxa vida, aí eu gosto mais ainda...

Quando vi pela primeira vez a Luize no evento da biblioteca que eu citei linhas acima, eu não formulei nenhuma primeira impressão da sua pessoa, somente cordialmente a cumprimentei e torci para que ela tivesse uma boa impressão da minha cidade. Quando batemos um papo logo após a palestra do Dracon eu percebi que ela era uma pessoa muito acessível e simpática (olha eu dando uma de psicólogo) e demos umas boas risadas ali, enquanto aprendíamos um pouco com ela...

... mas foi durante a sua palestra na parte da tarde...



... que eu percebi como e Luize era gente fina!

Não percebi um mínimo traço de superioridade naquela palestrante inteligente que ali se encontrava, somente uma cordialidade e uma simplicidade incríveis, os dois adjetivos que mais amo nas pessoas do mundo! E é claro que isso me fez ter em mente que a amiga Luize é muito gente e do tipo que eu gosto, sim, pois é especial!

E só para confirmar o que a minha sensibilidade já me dizia, propus para ela uma breve entrevista, via e-mail mesmo, a qual ela gentilmente respondeu e claro, agora compartilho com os demais amigos:


JG - Escrever para ti é exatamente o que?

Luize - Escrever é uma paixão que se tornou um grande amor. E como todo grande amor tem de ser cultivado todos os dias!

JG - Quando foi que você sonhou ingressar na carreira literária? Foi antes ou depois de se tornar jornalista?

Luize - Acho que sempre sonhei, desde pequena, mas só começou a se tornar realidade há três anos, quando lancei O segredo do oratório.

JG - Houve algum livro que você leu e que mexeu tanto contigo, emocionalmente falando, que a partir daquele momento você idealizou que gostaria de poder despertar nas pessoas essa mesma maravilhosa sensação? Mas se não houve, qual foi o título e autor que mais se aproximou disso?

Luize - Muitos livros me despertaram essa sensação.  A Montanha Mágica, de Thomas Mann e Metamorfose , de Franz Kafka me marcaram demais. E tem dois autores … Eça de Queiroz e Philip Roth.

JG - Dizem que todo ser humano, para se realizar plenamente, deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Para ti o que falta para que se realize plenamente como ser humano? E o que você acrescentaria nessa lista?

Luize - Acho que o ser humano está em constante estado de realizar e se realizar…é um movimento que faz a vida. Assim, o que mais quero, e tento, é estar sempre me realizando! E eu acrescentaria na lista: amor.

JG - Qual a técnica fundamental que você utiliza para formatar um personagem fictício para seus livros? 

Luize - Eu sou obcecada pela verossimilhança interna da trama, já que a História é o pano de fundo dos meus romances! E junto a isso gosto muito de observar e tentar compreender as motivações e ações das pessoas no dia a dia…então o que tento fazer é criar um personagem que pareça real, que se adapte à trama e aos fatos históricos, e não uma trama que se adapte ao personagem.

JG - O que você mais valoriza em si mesma como pessoa? Se pudesse mudar e se puder contar, o que gostaria de mudar em você, sempre imaginando se tornar uma pessoa melhor e mais justa?

Luize - Acho que o que mais gosto é meu senso de humor  e minha curiosidade pelas pessoas, por suas histórias, suas trajetórias de vida. E se pudesse mudar algo em mim… tentaria ser mais paciente e exercitar o auto controle.

JG - E para finalizar, você que tem uma ampla experiência em inúmeros meios de comunicação e já participou de matérias incontáveis, documentários, pesquisas de campo, etc., conte para nós aquele momento em que você se chocou de tal forma com a ação desumana de alguém, que pela sua mente, nem que seja por um rápido segundo, passou a ideia de que este ser não poderia ser considerado jamais um membro da nossa própria espécie.

Luize - Em muitos momentos, principalmente no meu trabalho de jornalista, cobrindo matérias internacionais, me choca a violência das guerras, a maldade… Acho que o que mais abomino são as “pequenas autoridades”,  pessoas que ao colocarem uma farda, um uniforme, um crachá se arvoram em uma condição de poder para humilhar e destruir o outro. Abuso de poder me choca.

SITE www.luizevalente.com
EMAIL luize@luizevalente.com

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É isso gente, espero que aqueles que puderem voar para cá no próximo final de semana o façam e conheçam, assim como eu, a pessoa espetacular que é a amiga Luize Valente, contudo, se não puderem participar, eu dou uma dica:

Vocês sabem o que significa ler um livro de alguém? É como se você sentasse num carro com esse autor e fizesse uma longa viagem e essa pessoa fosse lhe contando uma longa história, passando para ti muito do seu conhecimento adquirido com o tempo.

Então, se não puderem vir até aqui conhecê-la, a outra forma é lendo aquilo que ela escreveu em forma de livros, afinal, conhecimento não ocupa espaço (a não ser na biblioteca) e pessoas especiais, em alguns momentos da nossa vida, infelizmente, dá até para contar nos dedos das mãos...

Abraços renovados para todos!

4 comentários:

  1. Caro amigo Joel,
    Agradeço por nos apresentar Luize Valente.

    Um abraço,

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  2. Joel adorei a matéria, a entrevista, enfim está de parabéns!
    Obrigada por me apresentar está escritora. Sua definição sobre ler o livro de alguém, nota mil. Comprarei!

    Abraço

    Claudiane Ferreira

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    Respostas
    1. Que bom que gostou minha amiga e escritora Claudiane, não se decepcionará com a leitura dos trabalhos de Luize! Grande abraço!

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