Algo que me veio a mente antes de escrever esse texto e que foi confirmado depois, foram dois pontos muitos específicos, os quais achei interessantes como base:
- Dizem que o Governo teima em não investir na educação, pois assim é mais fácil governar...
- Precisamos exigir mais de quem vota ou de quem é votado? O que é mais fácil?
Clique na imagem para ver de onde ela veio!
Tive o prazer de, vagarosamente, ler um
dos melhores livros que foram escritos pelo, a meu ver, pensador Stephen King,
este em especial em 1978 e reeditado em 1990, onde a população mundial é quase
totalmente dizimada por uma supergripe. No enredo desse livro intitulado A
Dança da Morte, como consta da sua sinopse, os sobreviventes se dividem em
dois grupos, um comandado pelo "bem" e o outro pelo "mal",
e, o mais importante, um grupo querendo se sobressair sobre o outro, visando à
sobrevivência da espécie agregada aos seus valores.
Achei interessante citar essa introdução,
que vai de encontro a um pensamento meu, que tenho certeza não ser
exclusividade, onde associo a criação de um mundo melhor quando conseguirmos
retirar da essência da humanidade tudo aquilo que a pudesse corromper, mas
penso que para isso somente se iniciássemos novamente do zero, podando a árvore
na raiz, e assim conseguiríamos tal feito.
Comparando essa minha ideia com o roteiro
do livro de King e com os mais variados exemplos conhecidos, tal várias
passagens da própria Bíblia, é um planejamento que já nasce com um grande risco
de não dar certo, pois o pensamento humano sempre vai diferir um do outro e a
balança do que é bom ou mal sempre acabará por pender ou ser definida de forma
diferente, aos olhos de cada um.
Creio que ficou claro o pano de fundo para
essa minha reflexão, que em resumo nada mais significa, em minha opinião, é
claro, que independentemente de outro dilúvio ou não, enquanto houver vidas
existirão conceitos, dogmas, ideologias, e assim vai. Compreendo que o que
é correto para mim é incorreto para outro e assim por diante. Então, outra
fórmula mágica necessita ser criada, para que os valores aplicados sejam
diferenciados e consequentemente o resultado se torne mais satisfatório para a
grande maioria que ainda acredita numa sociedade mais justa.
Antes de seguir em frente, um novo ponto
de vista acredito que deva ser acrescentando, só para complicarmos um pouco
mais nosso meio de campo: alguém já tentou pegar algo que já estava em
funcionamento e tentou readequá-lo para que surtisse um efeito mais
satisfatório? É muito difícil, não é mesmo? Esse sistema que deverá ser
alterado já tem seus próprios vícios e engrenagens intercambiáveis e fará de
tudo para que as mudanças não ocorram, não por maldade, mas por que ele já tem
suas próprias regras e as alterações vão gerando erros no final, em forma de
mensagens críticas, se estivermos falando de um programa, por exemplo, ou
através de conflitos intelectuais, se estivermos falando de uma sociedade
constituída.
Pois bem, compreendido até aqui, agora
podemos mudar o foco, tal o tema desse texto, que deve ser respeitado.
A corrupção do título dessa nova visão é
explicitamente relativa à política, deixemos de lado nossos receios de tratar
de um tema que está inserido dentro de nossos lares até a mais profunda raiz e
que interfere diretamente na nossa vida, notoriamente na maioria das vezes para
pior. Ainda mais porque estamos às vésperas de uma nova eleição e não dá mais
para ficar pensando em "fazer a nossa parte" enquanto existe outra
corrente que literalmente faz a sua parte em benefício próprio.
Deixar de votar, de escolher seus
representantes, por mais que lhe pareça que estará trocando seis por meia
dúzia, não fará com que algum tipo de mudança, por menor que seja, inicie-se.
Então o que pode fazer a diferença na hora de votar? A melhor escolha! Ou se
preferir: a "menos pior" escolha! Mas pensando bem, você votaria em
alguém que desviou menos que outro, só para dizer que ao menos fez uma escolha,
que exerceu seu papel de cidadão? Olha eu não! De jeito nenhum! Quem representa
os meus interesses políticos tem que ser alguém em que eu possa confiar, não é
mesmo?
Bom, supondo que você compartilha comigo
dessa mesma opinião, ótimo, antes de votar nós vamos pesquisar bastante, ver
toda a vida pregressa do nosso possível candidato e fazer sim aquela escolha
que entendemos ser a melhor. Agora sim exercemos nosso dever de cidadania de
uma forma que dormiremos bem à noite. Conseguiremos então chegar a algum lugar
somente com essa atitude? Não!
De que adianta você fazer a sua parte se o
seu vizinho, por exemplo, não o faz? Então você tem que convencê-lo de que ele
também precisa, necessita exercer a cidadania, de uma forma clara e
transparente. Certo! Digamos que você conseguiu convencer outras pessoas a agir
de uma forma democrática, que por si só contaminaram outras pessoas, todas
seguindo um mesmo conceito, buscando filtrar as escolhas e tal, dessa forma
resolveu o problema no seu bairro, depois no seu município.
Para isso você se utilizou de todos os
tipos de tecnologia ao alcance, Facebook, blogs, Twitter, etc., e causou uma
revolução na sua cidade. Agora sim, estamos chegando a algum ponto? Não!
De que adianta a sua cidade ser bem
representada se a sua região metropolitana, por exemplo, ainda está capengando?
Bom, você pode me dizer que agora está
mais fácil, que agora é só levar os mecanismos que surtiram efeito em seu
município para os da sua região e vai correr tudo bem. E as outras cidades mais
afastadas? E os outros estados? Aqueles onde as pessoas não têm tanto acesso à
tecnologia como você e muitas vezes, por mais incrível que pareça, nem um
aparelho de TV? Como é que vai chegar nessas pessoas?
Será que esses patriotas filhos da mesma
nação vão conseguir, mesmo que lhes seja passado, que a melhor maneira de votar
é escolher corretamente seu candidato, baseando-se em regras de conduta,
passado idôneo, etc.? Será que esses patriotas que não conseguem nem ao menos
fazer, por mais incrível que pareça, um ginásio, vão conseguir entender que
você está tentando convencê-los de algo positivo e não simplesmente tentando
"fazer a cabeça deles" contra todo um sistema?
Então o que deve ser feito para que
efetivamente a qualidade daqueles que votam seja elevada?
Muitos podem dizer que é só tornar o voto
facultativo e assim já estaremos progredindo. Outros poderão dizer que o voto
deve ser dado somente por pessoas com alto conhecimento político e que
participam ativamente de reuniões ou ainda fazem parte de um partido ativamente
e não para somar números. Podem até ser algumas soluções, mas democracia,
depois de perdida fica difícil de ser retomada. Quem pode discordar disso?
Mas sim, podemos filtrar os eleitores,
assim como filtramos quem dirige um veículo, que não adianta ter apenas idade,
mas sem dúvida precisa estar preparado. Como faríamos isso? Uma alternativa
seria exigir escolaridade mínima, 2º grau por exemplo. Automaticamente os
elegidos também teriam que passar pelo mesmo crivo de escolaridade mínima. Para
aqueles que forem comentar sobre a inconstitucionalidade dessa
medida, lembro os amigos que não estamos falando aqui de ceifar direitos e sim
de mudar algumas regras.
Também não estou com esse pensamento querendo de alguma forma diminuir ou humilhar a pessoa que possui um menor estudo, e sim o incentivando a estudar mais para poder escolher seus representantes. Tínhamos em 2010, segundo o IBGE, 10% da população brasileira ainda composta por analfabetos, mais de 14 milhões de brasileiros.
Também não estou com esse pensamento querendo de alguma forma diminuir ou humilhar a pessoa que possui um menor estudo, e sim o incentivando a estudar mais para poder escolher seus representantes. Tínhamos em 2010, segundo o IBGE, 10% da população brasileira ainda composta por analfabetos, mais de 14 milhões de brasileiros.
Resolveria o problema da corrupção? Também
não! Além da exigência de uma escolaridade, matérias sérias e não somente para
compor o currículo seriam necessárias, com aprofundamento nas falhas que
houverem ou, pensando positivo, deixaram de existir, para a concepção do caos
de estado aparentemente democrático, mas que favorece claramente a somente uma
nata da sociedade, enquanto os demais literalmente "correm atrás do
prejuízo".
Quero ver outras opiniões sobre o assunto.
Quais outras medidas podiam ser adotadas para podermos iniciar uma reviravolta
no quadro atual?
Abraços renovados para todos.
JG, bom dia.
ResponderExcluirSegui sua linha de raciocínio, gostei de sua tentativa de ser didático, de sua luta por ser democrático. Penso que os pensamentos são variadíssimos e que as vezes as diferenças são sutilíssimas e q o jogo democrátivo tem q ser sempre muito amplo. Eu não tenho diplomas assim como muitas pessoas e defendo q qualquer regra q estabelecesse limitações pelo sistema de esnsino do sistema, seria antidemocrático: não existem regras! Assim como o universo(q está em expanção), devemos expandir nossas possibilidades de participação no "jogo"de viver e não fecha-lo. Só a boa vontade pode salvar. Grau de instrução(nem se tem como medi-lo) não conseguiria nos fazer mais aptos para qualquer transformação.
Abraço e parabéns!
Berzé
Olá, JG... tenho e muito minhas dúvidas na UNIÃO do POVO para seu próprio bem... Moro em condomínio, e a situação política de moradia é terrível. Isso só para comparar com sua brilhante proposta. Se não conseguimos socializar ideias e ações em um pequeno povoado condominial, imagino num país de imensas proporções continentais! Mas, claro vale a tentativa para construirmos dias melhores! Agora a MELHOR PIADA do século vi na mídia ainda nessa semana: - "medirão a felicidade interna humana"... PODE? Não vi nada mais demagógico que isso em plena época eleitoreira... Ergo minha bandeira: "ABAIXO CAÇA AOS VOTOS"... BRASIL, apesar de começar com B... não é um BBB, certo?
ResponderExcluirParabenizo-o pelo post!
Abraço, Célia.
Berze, também tenho isso comigo, não dá para medir a instrução. Essa ideia que passo é somente uma filtragem dos eleitores, uma exigência a mais.
ResponderExcluirAbraços renovados para todos.
Joe,que texto,menino!Pra pensar!Quando li o titulo achei que nem com reza brava conseguimos mudar as coisas na politica desse pais,mas eu ainda acredito na solução da educação do nosso povo em geral.Se as pessoas estiverem mais esclarecidas,não jogarão seu voto fora,vão pensar, analisar se existe alguem bom,ficha limpa,etc...Outra maneira seria diminuir o numero de congressistas.Pra que tanta gente pra fazer nada? E fazer como na Suecia que o politico mora num apartamento pequeno,sem mordomias, tem que arrumar sua casa sozinho,lavar sua roupa e ganha um salario honesto,não exorbitante alem de não poder ter secretaria ou assessor.Seria legal se aqui fosse assim!bjs e parabens pela postagem!
ResponderExcluirEste pais so muda quando investor em educacao, abraco Lisette.
ResponderExcluirBom dia, Joel! Brilhante texto, idéias muito bem expostas. A corrupção política tem um fio, que passa dentro de cada um de nós, e se alimenta da nossa própria corrupção. Se quisermos erradicá-la, teremos que nos aperfeiçoar como seres humanos, cada vez mais. Por isso, não sei se é possível que a corrupção um dia deixe de existir...porque não é nada fácil ver dentro de nós mesmos, aquilo que acusamos nos políticos que elegemos. Quanto a mim, sendo ou não um ato de cidadania, há muito tenho anulado meu voto.
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